Pois bem, o
post anterior parece-me sugerir algum tipo de desrespeito por quem beneficia do programa Novas Oportunidades. Estarei eu a chamar incompetentes ou estúpidos a essas pessoas ou a quem as ensina? Nada disso!! Estes adjectivos pretendem qualificar quem concebeu este programa que, no espaço de 1 (um) ano ou pouco mais pode conferir a alguém que à partida chega com o 9º ano uma equivalência ao 12º ano, o mesmo é dizer que essa pessoa faz 3 anos em apenas 1. E quais os conhecimentos que adquiriu? Será qualquer coisa do género:
- Muito bem, Sr. Manuel, quanto é a raiz quadrada de 4?
- O quê? Agora quer que vá cavar junto às árvores para ver se encontro 4 que tenham a raiz quadrada????
Acho que é positiva a implementação de programas de qualificação/certificação mas para isso não seria necessário fazer crer às pessoas que, de facto, possuem algum tipo de conhecimento que possa, seja de que forma for, equivaler aos conhecimentos que um aluno do 12º ano possui. Desde logo é enganar essas pessoas e, por outro lado, desvaloriza grandemente o facto de alguém ser possuidor de habilitações académicas ao nível de um 12º ano. Chamem-lhe outra coisa, certificação de aptidões de nível X na área profissional Y. Agora fazer equivaler umas quantas biografias e portefólios de qualidade mais ou menos duvidosa ao 12º, ou até a um 9º ano, é que não.
Mais uma vez é enganar o Zézinho, para venderem computadores e contratos de internet no âmbito do e-escola e ajudarem os amigos a embolsar mais uns milhões e a despacharem equipamentos informáticos de refugo e, numa perspectiva de mercado, ultrapassados. Quem adquire um computador via programa e-escola hoje e vá a uma loja verificar qual o preço de venda ao público desse equipamento vai ter alguma dificuldade em conseguir obter essa informação, pois o mais certo é que esse seja um modelo cujo fabrico foi terminado e que inclusivamente já não se encontra à venda, tendo sido substituído por outros modelos.
Mas deixa andar, quem vier em último que feche a porta....