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sábado, 25 de setembro de 2010

Sonic Youth

Corria o ano de 1992 e os Sonic Youth lançavam, no dia 21 de Julho, o álbum "Dirty". O single "100%" teve um enorme sucesso, com um vídeo associado aos skaters. Era ainda tempo do vinil, o cd estava nos primeiros tempos, pelo menos em Portugal (este álbum foi lançado nos dois formatos, CD e vinil). Nessa altura copiar um cd ou "sacar" músicas, bom, não era nada como hoje. O mp3 da altura eram as cassetes de fita magnética. A qualidade não era a melhor mas, pronto, já dava para curtir o som.


Gravar/copiar um cd era possível mas não era para todos. O acesso a software de cópia não era, digamos, imediato e as drives de gravação eram caras ou até mesmo inexistentes.

Nesse ano surgiram em Portugal as televisões privadas. Não vieram acrescentar grande coisa. Novelas até fartar e Morangos com Açúcar até vomitar. Valha-nos a TV por cabo...

Fiquem com o álbum... para recordar.




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O planeta pintado com sangue

Slayer. Uma palavra apenas. Uma obssessão, de facto. Não de hoje, mas de há muito. Provavelmente desde sempre, pelo menos desde que ouvi os primeiros acordes destes deuses do metal.

"Slayer" significa, em português, "matador", "assassino". O som é cru, demolidor, mas simultaneamente transporta-nos para uma dimensão de caos de onde não conseguimos jamais sair. Mas de onde, na verdade, não pretendemos sair...

Esta é a mais recente obssessão, o último álbum dos Slayer. Data de 2009, já, mas voltei agora a ouvi-lo e não consigo parar...
Não estou, hoje, muito numa de escrever. Mas, neste caso, isso não grave. Slayer. Esta palavra é suficiente.


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Organigrama

Sabem fazer um organigrama? Bom, deixo aqui uma ideia do que poderá ser o organigrama típico de uma empresa bem portuguesa:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pastilha elástica... ninja

E esta? Uma pastilha elástica ninja?
Uma animação produzida em Flash muito curiosa. Notem a ironia no nome da cerveja :)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Caras familiares...

E esta cara? Não me é estranha...


Ah, claro!!! É a irmã do Luisão!! Bem, nesta família são todos muito parecidos... Não vos parece?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gifs animados

Alguns gifs animados para levantar a moral.

Sabem o que me dá vontade de fazer de cada vez que olho para a TV e vejo/ouço um dos políticos da nossa praça a debitar imbecilidades?


Depois há aqueles programas de variedades da treta com as pessoas que acham que sabem dançar e/ou cantar. Foi num desses que dei de caras com esta senhora. Parece a mãe do Luisão. Imaginem a senhora de cabeça rapada. Iguaizinhos, não é verdade?, Até arrepia...


Mas depois, muito de vez em quando aparece algo que ilumina o dia. Senão vejam este excerto de uma aula de física, currículos alternativos é claro, com uma demosnstração da Lei da Gravidade enunciada por Isaac Newton. E aí eu digo: Obrigado meu Deus por este maravilhoso Universo que criaste e que se rege por tais leis !!!


Ilusão de óptica

Consegue ver o barco nesta imagem?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Caricaturas

O homem é tanto mais sábio quanto maior a sua capacidade para se rir de si mesmo....

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Entregues à bicharada

Devo confessar que eu nem sou grande fã (até nem gosto nada dele, na verdade) do M.S.Tavares. É um suposto gajo de esquerda com tiques de direita e que gosta de se armar em intelectual. Mas, ainda assim, por vezes escreve umas coisas engraçadas. O texto seguinte é uma delas. Um pouco longo, talvez, mas, acreditem, vale a pena. Para reflectir...


Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter..
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são d Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter..
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!oidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A vida depois da Morte



Live After Death, por muitos considerado um dos melhores (ou mesmo o melhor) álbuns ao vivo de sempre, é um álbum da banda inglesa de heavy metal Iron Maiden. Teve o seu lançamento a 14 de Uutubro de 1985, como um registro da tournê mundial World Slavery Tour de promoção ao álbum Powerslave.

As primeiras 13 faixas (12 músicas mais a introdução) foram gravadas na Long Beach Arena, em Long Beach, Califórnia, entre os dias 14 e 17 de Março de 1985. As últimas 5 músicas foram gravadas antes, no Hammersmith Odeon (agora conhecido como Hammersmith Apollo) em Londres, nos dias 8, 9, 10 e 12 de Outubro de 1984. Na versão original, lançada em LP duplo, as músicas gravadas em Long Beach estão nos três primeiros lados, enquanto as gravadas em Londres (Wrathchild, Children of the Damned, 22 Acacia Avenue, Die With Your Boots On e Phantom of the Opera) estão no lado quatro.

A primeira versão em CD deste álbum (lançada em Dezembro de 1985) inclui tudo o que os primeiros três lados do LP continham. O quarto lado do LP não foi incluído devido a problemas de capacidade. Também a música Running Free foi encurtada de 8:16, no vinil, para aproximadamente 3:16 no CD, eliminando a interação do vocalista Bruce Dickinson com o público. Um fã experiente do álbum pode até mesmo dizer onde houve o corte na faixa. A versão remasterizada de 1998 não possui cortes, incluindo um segundo CD com as faixas que foram excluídas na edição anterior.

O vídeo Live After Death também foi gravado na Long Beach Arena, mas nma noite diferente. Contém um concerto inteiro e termina com a música Sanctuary, que não está em nenhuma versão lançada (CD e LP) do álbum.

A arte da capa foi, como de costume na época, desenhada por Derek Riggs. Apresenta a imagem da "mascote" da banda, Eddie the Head, a emergir de uma sepultura em cuja lápide está escrita uma frase do autor inglês de ficção, H.P. Lovecraft.


Faixas

CD 1

  1. "Intro" (voz de W. Churchill) 0:49
  2. "Aces High" 5:29
  3. "2 Minutes to Midnight" 6:06
  4. "The Trooper" 4:29
  5. "Revelations" 6:11
  6. "Flight of Icarus" 3:49
  7. "The Rime of the Ancient Mariner" 13:12
  8. "Powerslave" 7:34
  9. "The Number of the Beast" 4:37
  10. "Hallowed be Thy Name" 7:30
  11. "Iron Maiden" 4:21
  12. "Run to the Hills" 3:53
  13. "Running Free" 3:24

CD 2

  1. "Wrathchild" 3:07
  2. "22 Acacia Avenue" 6:19
  3. "Children of the Damned" 4:34
  4. "Die With Your Boots On" 5:15
  5. "The Phantom of the Opera" 7:24

Podem assistir ao Vídeo "Live After Death" no início deste post. Um bónus especial: O álbum para download, versão remasterizada em 2 CDs de 1998.




sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Barra lateral "Mais Música..." eliminada

De forma a melhorar a gestão, organização e funcionalidade do blog foi eliminada a barra lateral "Mais música..." que permitia aos utilizadores verificarem os arquivos de música mais antigos disponíveis para download. Mais ou menos na mesma possição da barra lateral foi colocada a lista de etiquetas/tags. Para aceder aos posts de música/download de álbuns basta clicar na etiqueta "Música". Simples. Penso que assim é mais prático e essencialmente torna mais fácil, para mim, a gestão dos conteúdos :), para além de eliminar uma certa redundância que a barra eliminada representava, face à lista de etiquetas também disponível (que estava ao fundo da página, em local, digamos, pouco vísivel) e de utilização mais abrangente.

Espero que continuem a visitar o "Em Condicional".  Obrigado.
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