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Sugestões

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bom ano de 2010

Um bom ano de 2010 para todos. Que seja tão bom quanto o que tu queiras. Permite-te viver e que aqueles que poluem o mundo com a sua estupidez apodreçam na sua própria incompetência.


Destinos



Sofro, Lídia, do Medo do Destino

Sofro, Lídia, do medo do destino.
A leve pedra que um momento ergue
As lisas rodas do meu carro, aterra
Meu coração.

Tudo quanto me ameace de mudar-me
Para melhor que seja, odeio e fujo.
Deixem-me os deuses minha vida sempre
Sem renovar

Meus dias, mas que um passe e outro passe
Ficando eu sempre quase o mesmo, indo
Para a velhice como um dia entra
No anoitecer.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa
 


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Reflexões Natalícias/ O Deus chamado materialismo

Encontrei o seguinte registo ao pesquisar um pouco na net sobre a maldade do Natal. Sim, a maldade do Natal, porque o Natal só é bom enquanto assim o imaginarmos. Milhões de pessoas não deixam de morrer e de matar só porque dizem que um menino chamado Jesus nasceu há cerca de 2009 anos em Belém, na Palestina. Na verdade, a maioria dos habitantes da Terra nem se apercebe que estamos numa "época especial". A hipocrisia é evidente e o consumismo corrompe o gesto mais significativo. Não quero com isto dizer que não existam acções realmente virtuosas mas essas são, de facto, uma excepção. Ainda assim, ainda bem que surgem. Nem tudo é mau. Mas o panorama geral é cofrangedor.

O texto deixo-o na língua original, pois a tradução poderia desvirtuar o significado das palavras do autor. Fica para reflectir:

The God Called Materialism

Unless you were born and raised in a so-called third world country where the overcrowded masses eke out their existence in extreme poverty, you were groomed from childhood to worship materialism.
The need for warmth, food and shelter is basic. But to desire a luxury home with two-car attached garage, a swimming pool, two bathrooms, closets filled with clothes and a wine cellar stocked with the worlds finest, is pure gluttony.

The celebration of Christmas is, in reality, training ground for children. By experiencing the lights, glitter and rich foods leading up to the big day when a magical stack of free gifts are awarded, the child quickly adapts to the artificial thrill of acquiring shiny but usually unnecessary things. I personally remember the excitement felt during the build-up, and then the strange feeling of disappointment and depression within hours, if not minutes after the last gift was opened.

It seemed that everything we did for weeks, and sometimes months before Christmas was in preparation for that moment of gift exchange. Then the bright papers were rapidly torn away, the secret things in the boxes revealed, and then the fall. Is that all? I remember asking myself.

Indeed, I have since learned. It was all a hoax. The Santa Clause story. The baby Jesus story. The international prayer for love. All faked. The plastic toys were usually broken or tossed aside before New Year. The best gift might have been a pair of ice skates, or a new sled.

I grew up not understanding why I disliked Christmas as much as I did. But I fell into the rut of materialism just the same. My wife and I were both professional people who worked hard to acquire as much material wealth as possible. We usually had two and sometimes three cars in the driveway. We bought and sold several homes. And Christmas at our house was probably more elaborate than anything either Doris or I remembered during our childhood.

We did something very strange about ten years ago. We got interested in esoteric things, began studying new concepts of life, and decided we had been going in the wrong direction for a very long time.

We sold or gave away virtually everything we had. The house, the cars, the big color televisions, luxury beds, stereos, vast music collection, books, furniture, and a large display case filled with rare antique and collectable glassware. It all went. We had two large auctions over the course of about five or six years before we disposed of everything. But eventually it was all gone.

We used the money to pay off all of our debts, then struck out in our one car and a Ryder truck filled with clothes and a few things we thought we could keep, for Arizona where we lived with the Navaho and Hopi people.

Within months nearly everything in that truck was stolen from us. We were homeless, destitute, and often without jobs. But we learned a valuable lesson during our three years in the wilderness. Things didnt matter.

It took wit and pure guts sometimes, but Doris and I got through that ordeal. To this day we are still living with only the things we need and little else. We live in a modest, one-bedroom apartment, drive a functional 10-year-old vehicle and eat our meals on an oak drop leaf table that Doris picked up in a used-furniture store.

And we dont celebrate Christmas.

Life is good.

em The Mind of James Donahue

Metallica na Cidade do México


Registo ao vivo não oficial (bootleg) do concerto (de uma série de 3) que os Metallica deram na cidade do México a 6 de Junho de 2009. Ao contrário do que seria de esperar num registo deste tipo a qualidade do som é excelente (e só por isso está aqui). A lista de temas de um concerto que, segundo rezam as crónicas, foi fabuloso inclui:

1. Creeping Death (ver vídeo YouTube abaixo) 
2. For Whom The Bell Tolls
3. Ride The Lightning
4. Disposable Heroes
5. One
6. Broken, Beat & Scarred
7. The Memory Remains
8. Sad But True
9. Turn The Page
10. All Nightmare Long
11. Kirk Solo 1
12. The Day That Never Comes
13. Master of Puppets
14. Fight Fire With Fire
15. Kirk Solo 2
16. Nothing Else Matters
17. Enter Sandman

Encore:
18. The Prince
19. No Remorse
20. Seek and Destroy
 

Chove. É dia de Natal (Fernando Pessoa)

Chove. É dia de Natal.

Lá para o Norte é melhor:

Há a neve que faz mal,

E o frio que ainda é pior.



E toda a gente é contente

Porque é dia de o ficar.

Chove no Natal presente.

Antes isso que nevar.



Pois apesar de ser esse

O Natal da convenção,

Quando o corpo me arrefece

Tenho o frio e Natal não.



Deixo sentir a quem quadra

E o Natal a quem o fez,

Pois se escrevo ainda outra quadra

Fico gelado dos pés.



Fernando Pessoa

Cavalos Marinhos

Sabia que é em Portugal, mais precisamente no Algarve, que se encontra a maior comunidade de cavalos marinhos de todo o mundo?
O Parque Natural da Ria Formosa é um verdadeiro santuário para esta espécie, que se encontra em vias de extinção em vários pontos do globo. Em países como a Tailândia, Filipinas, Índia e China, os cavalos marinhos praticamente desapareceram, vítimas da captura indiscriminada para fins medicinais, decoração de aquários e souvenirs.

É um documentário de 25 minutos exibido na RTP 2 e RTP Internacional em 2007 sobre a existência da maior comunidade de cavalos marinhos do mundo na Ria Formosa. A descoberta foi feita por uma bióloga do projecto Sea Horse, uma instituição internacional que se dedica à protecção e conservação de cavalos marinhos em todo o mundo.


DOCUMENTÁRIO “CAVALOS DO MAR – RIA FORMOSA” from Paulo Lourenço on Vimeo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ich liebe Rammstein




Rammstein é uma banda alemã formada em 1993. As músicas são, na sua maioria, cantadas em alemão e podem ser classificadas sob os estilos rock, industrial, metal ou música eletrónica. Actualmente, é a banda alemã com maior repercussão mundial. Uma nota curiosa: o asteróide 110393 Rammstein recebeu o seu nome em homenagem à banda.

Video "Pussy" (versão não censurada)



O nome da banda teve origem num acidente aéreo ocorrido na pequena cidade alemã de Ramstein, onde está implantada uma base da Força aérea dos E.U.A. e onde, durante uma exibição da Força Aérea Italiana, três aviões colidiram, caindo em cima da plateia, o que resultou na morte de setenta pessoas. A banda decidiu então pôr um “M” a mais no nome da banda. “Rammstein” literalmente pode ser traduzido como aríete ou marreta (ferramenta que Till Lindemann empunha com alguma frequência nos concertos). Das bandas que cantam em alemão é a que atingiu maior sucesso fora da Alemanha, principalmente com o segundo álbum “Sehnsucht” (1997), depois com “Mutter” (2001) e “Reise, Reise” (2004), alcançando então o pico do sucesso. O seu último trabalho, datado de 2009, é o álbum Liebe ist für alle da. O primeiro single, Pussy, foi acompnhado por um vídeo bem ousado em que os integrantes da banda retratam (e participam activamente) as filmagens de um filme pornográfico (Vídeo acima -VERSÃO NÃO CENSURADA). Escusado será dizer que o vídeo foi liminarmente banido de todos os principais canais de televisão.

A maioria dos seus membros são oriundos da Alemanha Oriental, mais concretamente de Berlim Oriental e de Schwerin. A banda usa frequentemente efeitos pirotécnicos e de luz, além do aspecto teatral dos seus concertos, com um impacto um visual impressionante mas sobretudo cativante, mesmo para quem não gosta da sua música.

Integrantes:

Till Lindemann (Vocalista)
Paul Landers (Guitarra)
Richard Z. Kruspe (Guitarra)
Christian “Flake” Lorenz (Teclado)
Christoph Doom Schneider (Bateria)
Oliver Riedel (Baixo)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Escuta com atenção... verdade ou ficção?

Recebi estes documentos em anexo a um e-mail proveniente de um amigo. Supostamente são transcrições de parte das escutas efectuadas a Armando Vara no âmbito do processo "Face Oculta" e nas quais se apresentam excertos de diálogos com o nosso primeiro, o engenheiro (?) Sócrates. Não sei se isto é real/verdadeiro (90% das coisas que circulam neste contexto não passam de embustes). Se forem documentos legítimos (o que dificilmente poderei comprovar) a situação não sendo enquadrável em qualquer crime não deixa de ser algo indigno para um governante tecer os cometários que podemos ler nestas transcrições (?). Se forem forjadas então não deixa de ser engraçado o diálogo e o imaginar da situação :-). Cliquem sobre as imagens. Leiam, tirem as vossas conclusões e sorriam. Sim, porque rir é mesmo o melhor remédio.....


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Nem Jesus Cristo nos valia...

Vale a pena ouvir este senhor. É pena ser (aparentemente) o único que parece disposto a falar abertamente e com clareza. Mas qual a solução para este estado de coisas? Fechar a "loja"? Vender Portugal aos chineses? Vale a pena perder cerca de meia-hora e ver/ouvir esta entrevista de Mário Crespo a Medina Carreira, antigo Ministro das Finanças. De notar que esteve no governo durante cerca de apenas 2 anos, provavelmente porque não tinha estômago para aguentar as "tricas" partidária nem os jogos de poder dúbios.

Mário crespo entrevista Medina Carreira (1/3)



Mário crespo entrevista Medina Carreira (2/3)



Mário crespo entrevista Medina Carreira (3/3)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Mas que raiva - RAGE Against the Machine





A história da banda começou por volta de 1991. A primeira apresentação dos Rage Against The Machine foi em Orange County, no estado Nova Iorque. De seguida o grupo gravou uma demo com 12 músicas, músicas que vieram mais tarde a constituir, maioritariamente, o primeiro CD da banda. Venderam 5.000 cópias da demo, revertendo o lucro para o seu clube de fãs. Deram dois concertos no segundo palco, Lollapalooza II em Irvine Meadows, Califórnia. Ali assinaram um contrato com a editora Epic.
No final de 1992 os Rage Against the Machine fizeram uma turnê por toda a Europa fazendo as primeiras partes dos concertos de Suicidal Tendencies. Terminada a turnê, lançaram o seu primeiro álbum, denominado "Rage Against the Machine", a 10 de Novembro de 1992. O disco vendeu mais de 3 milhões de cópias e esteve no Top 200 da Billboard durante 89 semanas. Inclui, entre outras músicas, Bullet In The Head, Bombtrack, Freedom, Wake Up (que entrou na banda sonora do filme Matrix, anos mais tarde), e também Killing In The Name, um protesto contra o militarismo norte-americano.
Devido às suas atitudes e letras, os Rage Against The Machine foram censurados e proibidos de realizar concertos em muitos estados norte-americanos. Ironicamente, a censura fez a banda crescer. Em 1993, realizaram espectáculos em beneficência da Anti-Nazi League e da Rock for Choice.
No Lollapalooza III, desta vez no palco principal, os Rage Against The Machine subiram mas não tocaram. Fizeram apenas um protesto anticensura contra a PMRC (Parents Music Resource Center), no qual cada membro da banda ficou de pé, nu, durante cerca de 15 minutos, cada um com uma fita preta na boca e com as letras P (Tim), M (Zack), R (Brad), e C (Tom) escritas no peito. Eles afirmaram: "Se não agirmos contra a censura, não teremos direito a ver mais bandas como os Rage!"
A 16 de Abril de 1996, foi lançado o esperado segundo disco. Evil Empire entrou directamente para o primeiro lugar do Top 200 da Billboard. O álbum crítica , entre outros, o governo de Ronald Reagan e a relação entre os EUA e a URSS e inclui faixas como Bulls On Parade, People of the Sun, Vietnow, Revolver, Roll Right e Tire Me (que ganhou o prémio de melhor performance de metal no Grammy Awards). Em Julho do mesmo ano a banda começou uma digressão pelos EUA a qual durou até Outubro.
No início de 1998 a banda gravou No Shelter, parte da banda sonora do filme Godzilla. Em meados do ano, a banda começava já a ensaiar para o álbum The Battle of Los Angeles. Em Setembro, a parte instrumental para as 14 músicas já estava pronta embora as letras estivessem ainda incompletas. Em Janeiro de 1999 a banda organizou um concerto em beneficência de Mumia Abu-Jamal, um activista dos direitos humnanos. Apesar de alguns imprevistos, atraiu muita atenção. O mesmo concerto incluiu ainda as apresentações dos hoje bem conhecidos Black Star, Bad Religion e Beastie Boys. Em Genebra, Suíça, em 12 de Abril do mesmo ano, Zack de la Rocha manifestou-se contra as Nações Unidas referindo Mumia Abu-Jamal e a pena de morte nos EUA. Os Rage Against The Machine tocaram depois no Tibetan Freedom Concert e em Woodstock 99. Em Woodstock, queimaram a bandeira americana no palco enquanto tocavam Killing In The Name.

O fim da banda

A 18 de Outubro de 2000, o vocalista Zack de la Rocha declarou oficialmente que iria deixar a banda. "Sinto que é necessário abandonar os Rage pois não estamos a conseguir tomar decisões em conjunto", referiu à Imprensa. "Já não funcionamos como um grupo e eu acredito que esta situação está a destruir os nossos ideais políticos e artísticos. Estou muito orgulhoso do nosso trabalho, quer como activistas quer como músicos, e também grato a cada pessoa que expressou solidariedade e partilhou esta incrível experiência conosco". Respondendo à declaração de Zack, Tom Morello disse: "Eu não tenho maus sentimentos, e desejo que Zack se dê bem com seu projeto a solo. Mas todos estão excitados com as 29 músicas que nós temos gravadas, e algumas delas vão ser lançadas em breve." Esta citação refere-se ao álbum de covers, lançado meses mais tarde. A Epic Records disse que estava muito triste com a notícias. Por algum tempo, Zack esteve trabalhando no seu projeto solo com outros artistas hip-hop, como DJ Shadow, Company Flow e Amir do The Roots.
Há quem diga que uma das razões da saída de Zack foi o facto, ocorrido no mês anterior durante a apresentação VMA, na qual Tim Commerford escalou uma estrutura do palco e teve que ser retirado do Radio City Music Hall pela segurança. Ele fez isso em protesto relativamente ao facto da banda Limp Bizkit ter ganhoo prêmio de banda de rock de ano.
O prometido álbum de covers, chamado Renegades, foi lançado em 5 de dezembro de 2000, e contava com "How I Could Just Kill a Man" (Cypress Hill), "Maggie's Farm" (Bob Dylan) e 'Renegades of Funk" (Afrika Bambaataa).



Zack passou a dedicar-se à sua carreira solo, enquanto os demais integrantes se juntaram a Chris Cornell, ex-vocalista do Soundgarden, formando os Audioslave, que lançaram o seu primeiro CD em novembro de 2002. No ano seguinte, saiu o disco Live at the Grand Olympic Auditorium, que contém uma apresentação ao vivo dos Rage Against the Machine.

Origem: Los Angeles, Califórnia

País: Estados Unidos



Integrantes:

Zack de la Rocha - vocais
Tom Morello - guitarra
Tim Commerford - baixo
Brad Wilk - bateria

O TRETAdo de Lisboa

Não, não é erro. É mesmo TRETADO. Tretado porque deriva do português "Treta" que, segundo o dicionário universal da língua portuguesa (edição ainda não revista para o acordo ortográfico, outra treta)significa ardil, manha, palavreado. De facto toda aquela pompa e circunstância, todo aqule orgulho labrego de termos um tratado com o nome da capital de Portugal foi apenas um ardil para nos tentar convencer, com toda a manha possível e empregando o palavreado mais elaborado e mais vazio de verdadeiro conteúdo que possam imaginar, que algo vai mudar. Quem assim pensa, vai desiludir-se profundamente. Continuaremos o mesmo país da treta (lá está, a treta mais uma vez), periférico e em que se brinca aos políticos, à justiça, aos banqueiros (traumatizados porque em putos iam logo à falência quando jogavam Monopólio) e aos países para depois verificarmos que tudo não passa de um conjunto de números e estatísticas que pouco, ou nada reflectem a realidade. O tratado, perdão, o TRETAdo pode vir instituir toda uma série de pseudo figuras de estado mas, para nós, tudo continuará na mesma. A receber salários de português e a pagar como europeu.... VIVA PORTUGAL !!!! (Aqui não estou a ser irónico, ok?)


sábado, 28 de novembro de 2009

Pixieland


The Pixies foram um banda de rock alternativo formada em Boston, Massachusetts, em 1986. Com um sucesso apenas modesto nos Estados Unidos, eles foram significativamente mais bem sucedidos na Europa, especialmente no Reino Unido.
A banda era composta por Black Francis, também conhecido como Frank Black (cujo nome real é Charles Thompson): vocais e guitarra, Joey Santiago: guitarra, Kim Deal: baixo, vocais, e David Lovering: bateria.
A sua música é pós-punk, com toques ocasionais de surf music e outros géneros, com letras que abordavam de temas insólitos como OVNIs, incesto, instabilidade mental (Where Is My Mind), etc.
Os Pixies são frequentemente reconhecidos como os pioneiros do rock alternativo no início dos anos 90. Kurt Cobain, fã assumido da banda, tendo consciência da importância dos Pixies para a carreira dos Nirvana garantiu, juntamente com o tributo de outras bandas, que o legado e a influência dos Pixies continuasse a crescer após o seu desmembramento. Ele chegou a admitir que Smells Like Teen Spirit, o maior hit do nirvana e hino da geração de 90, foi uma tentativa de imitar os Pixies.
Frank Black e Kim Deal lançaram-se mais tarde em carreira solo.



"Surfer Rosa" foi lançado em 1988 e inclui muitos temas (Where Is My Mind?, Gigantic, Bone Machine, ...) que, literalmente, fizeram parte da banda sonora do final dessa década. Um álbum essencial para quem gosta de boa música. É um daqueles casos em que o ditado "recordar é viver" faz todo o sentido. Ao ouvir este álbum é impossível que não nos sintamos realmente vivos. Excelente. Para quem duvidar o download está disponível. É só clicar sobre a capa do álbum ou no link abaixo.

Lista de temas:

01. Bone Machine
02. Break My Body
03. Something Against You
04. Broken Face
05. Gigantic
06. River Euphrates
07. Where Is My Mind?
08. Cactus
09. Tony’s Theme
10. Oh My Golly!
11. Vamos (surfer Rosa)
12. I’m Amazed
13. Brick Is Red

domingo, 22 de novembro de 2009

Hipocrisia

Hoje, logo a seguir ao almoço, a TVI transmitiu um filme que eu já tinha visto e há não muito tempo. Não me recordo do nome e nem isso é o mais importante. O filme (que contava com a participação da AngeLINDA Jolie) era sobre uma equipa liderada por um médico que trabalhava num qualquer campo de refugiados em África. Em clima de guerra, o médico e a sua equipa lutavam contra tudo e contra todos para, no meio do caos total, salvar uma vida em mil (na melhor das hipóteses...). A miséria e a falta de condições eram uma constante. Enquanto nós, apesar das constantes lamentações do povo, vivemos, apesar de tudo, em abundância, para aquelas pessoas a ingestão de uma (1) simples banana significaria o aporte de mais calorias do que aquelas habitualmente lhes era permitido durante 24 horas!!!
Eu, sinceramente, acho que não seria capaz de trabalhar numa situação assim, com pessoas a morrerem à minha volta, ao mesmo tempo que outros, poucos, se divertiam em guerras patrocinadas pela indústria do armamento e pelas nações que delas dependem em larga escala (you know who I'm talking about...). Sentir-me-ia como que a tentar apagar um fogo florestal com um copo de água. Inútil... E até que ponto salvar uma vida de alguém que sempre viveu, vive e, se tudo correr mal/bem (riscar o que não interessa) viverá sempre na miséria será uma boa ideia? Pode parecer cruel, mas possivelmente era melhor que as coisas terminassem o mais rápido possível. Seria talvez aí, com o caos e a morte definitiva e confortavelmente instalados que quem pode talvez fizesse, de facto, algo. Ou talvez não, não sei...





Quando um país se vangloria de ter enviado umas quantas toneladas de cereais ou outros alimentos para um qualquer país africanos é muito possível que esse envio seja uma contrapartida pela compra de armamento para suportar o conflito que criou a situação e que, por sua vez, levou à necessidade do envio de apoio alimentar. E, de referir, que todas as sementes de cereais enviadas neste tipo de acção são previamente esterilizadas, não fossem eles começar a semear e, de repente, deixar de depender de tal ciclo de hipocrisia.
Ainda há dias ouvia falar sobre erradicar a fome do planeta Terra. Não pude deixar de sorrir. Um sorriso irónico e amarelo. A fome poderia terminar neste mesmo mês!!! Mas isso, para quem manda e para quem ganha com isso (e ganha muito), não interessa mesmo nada...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Morphine-um caso à parte

Os Morphine são um caso à parte na história da música rock. A banda misturava influências de blues e jazz com a energia do rock n'roll, e sem o recurso a qualquer guitarra. Este trio de Boston baseava o seu som num original baixo com apenas duas cordas, num saxofone roufenho e numa voz retorcida que debitava letras plenas de ironia. Durante toda a década de 90, os Morphine ganharam um culto significativo, quer nos EUA, quer na Europa, à custa de muita passagem nas rádios universitárias e críticas muito positivas.
A banda iniciou a sua actividade em 1990 e incluía o baixista e vocalista Mark Sandman e Dana Colley (saxofone tenor e barítono), que na altura tocava num grupo de Boston. A estes, viria a juntar-se mais tarde o baterista Jerome Dupree, completando a formação original dos Morphine. O grupo edita o seu álbum de estreia, "Good", em 1991, sendo reeditado, um ano depois. "Good", tem uma passagem significativa nas rádios universitárias norte-americanas e recebe críticas favoráveis em publicações alternativas de todo o país. Após a saída do disco, Dupree deixa a banda e é substituído por Bill Conway, que já tinha trabalhado com Sandman nos Treat Her Right.
A boa recepção de "Good", abre o caminho para o lançamento de "Cure For Pain", em 1993. O álbum recebe, como o anterior, críticas positivas, aquando da sua edição na Primavera. Os Morphine apoiam o disco com uma extensa digressão que passou pelos EUA e pela a Europa e que ajudou o álbum a vender mais de 300 mil cópias, um número importante para uma edição independente.
Em 1995, a banda edita o seu terceiro trabalho intitulado "Yes", que é mais uma vez aclamado pela crítica e que ajuda a manter o culto à volta dos Morphine.
O sucesso do grupo chega então aos ouvidos das principais editoras e, no final 1996, o trio assina pela Dreamworks. "Like Swiming", que marca a estreia dos Morphine pela editora, é editado na Primavera de 1997. Apesar da boa recepção não consegue projectar o grupo para um estatuto superior ao que já possuía.
A 3 de Julho de 1999, a tragédia assalta os Morphine: Mark Sandman o carismático líder da banda tem um colapso em palco, num espectáculo em Roma, e acaba por falecer de ataque cardíaco com apenas 47 anos. Mas nem assim a banda silenciou e, "The Night", um álbum póstumo, é editado no início do ano seguinte.
Aqui fica o primeiro, "Good", de 1992.



Alinhamento do álbum:

1. Good
2. The Saddest Song
3. Claire
4. Have A Luck Day
5. You Speak My Language
6. You Look Like Rain
7. Do Not Go Quietly Unto Your Grave
8. Lisa
9. The Only One
10. Test-Tube Baby/ Shoot´m Down
11. The Other Side
12. I Know You (Part 1)
13. I Know You (Part 2)

Download Morphine - Good (1992)

domingo, 15 de novembro de 2009

O que é a vida afinal?

O que é a vida? É amar todos os que nos são especiais como se essas pessoas nos faltassem. É pôr a família à frente do trabalho e os filhos sempre em primeiro lugar. É estar presente nos momentos especiais e fazer com que todos os outros momentos o sejam também. É tirar o maior número de fotos para ter a certeza de que estivemos ao lado de toda a gente. É dividir tudo o que temos sem exigir dividendos. É nunca desviar os olhos não vá escapar-nos um momento e é nunca esquecer os momentos que nos fizeram desviar o olhar. É dançar quando não há musica, voar sem sair da terra, sonhar sem adormecer e cantar sem qualquer público ou para um público qualquer. É beijar com sinceridade, abraçar com ternura, amar com intensidade… o que é a vida? É amar de verdade.


in Qualquer Coisa de Nada

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Coragem

Uma imagem, um acto por muito irreflectido, pode ser a representação da coragem e do desejo por afirmar aquilo em que verdadeiramente acreditamos.


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

m&m's

Estes m&m's são mesmo uma loucura ;-)


O especialista

Uma pérola da sabedoria popular. Documentário real com conselhos práticos para o dia-a-dia que discorrem a grande velocidade da boca de um taxista lisboeta. Hilariante. O pormenor do GPS então é fantástico.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

El Comandante Cohen

Field Commander Cohen: Tour of 1979 é um álbum ao vivo, editado em 2001. Gravado no Hammersmith Odeon, Londres, a 4, 5 e 6 de Setembro de 1979 e no Dome Theatre, Brighton, uns dias mais tarde, a 15 de Dezembro. Segundo palavras do prórptio esta terá sido a sua melhor tournée de sempre. A acompanhar Cohen estava a banda de jazz Passenger (Austin, Texas, EUA) que englobava Steve Meador na percurssão, Roscoe Beck no baixo, Mitch Watkins, guitarra, Bill Ginn nos teclados e Paul Ostermayer no saxofone e flauta. Raffi Hakopian fez também parte desta tournée tocando violino, juntamente com John Bilezikjian no alaúde e o coro feminino com Jennifer Warnes e Sharon Robinson. Imperdível!!





segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Estamos sozinhos?

Há dias estava eu a contemplar as pessoas que passavam na rua, quando passaram por mim uma jovem e a sua mãe. Caminhavam lado a lado, aparentemente juntas. Mas algo não estava certo. Nenhuma delas, ao longo dos 200 metros ou mais que pude acompanhar, olhou para a outra ou proferiu qualquer palavra. Olhei com mais atenção e verifiquei que dos ouvidos da filha pendiam uns fios. Estaria seguramente a ouvir música de um qualquer leitor de mp3, iPod ou um outro dispositivo análogo. E, assim, seguiram não muito alegremente lado a lado o seu caminho. E eu pus-me a pensar como duas pessoas podiam estar lado a lado, percorrer o mesmo caminho e, ainda assim, estarem ambas sós. Sim porque mera presença física não é critério suficiente para a definição de "fazer companhia" ou "estar com".



Daí os meus pensamentos derivaram para outras circunstâncias. O anúncio da TMN/moche. Sim, aquele anúncio em que uma miúda é entrevistada na rua sobre se tem ou não um perfil no facebook e quantos amigos tem. A resposta é qualquer coisa como "620 amigos". 620? Amigos? Mas que é isto? NINGUÉM tem (nem o JC, no tempo dele, tinha, como se veio mais tarde a comprovar e ficou registado na história de há cerca de 2.000 anos) tem 620 amigos!!!!! Ou então sou eu que estou parado no tempo ou. outra hipótese, passei para alguma dimensão alternativa em que todos são amigos dos restantes. Mas se assim fôr, todo o significado e carga afectiva da palavra amigo e do respectivo conceito perdem todo o sentido, não sendo mais que meras palavras, conjuntos de letras, sem qualquer significado real. E assim se perde a noção do valor inerente ao que é, de facto, um amigo. O ouro só é valioso devido à sua raridade. Se fosse tão abundante como o granito, mesmo apelando à sua beleza, o ouro nunca seria considerado algo de valor. O mesmo se passa com os amigos. Se forem muitos o seu valor fica dramaticamente reduzido.
Nunca como hoje a capacidade de comunicar a vários níveis foi tão grande. Em segundos enviamos um email com fotos e outros ficheiros anexos para alguém no outro lado do planeta. As pessoas comunicam em tempo real (ou quase) utilizando ferramentas como o messenger. No facebook e noutras redes sociais o acto de "adicionar como amigo" está mais que banalizado. Designa-se como "amigo" alguém que, de facto, não conhecemos, que nunca vimos e que possivelmente nunca iremos olhar nos olhos e dizer "eu sou teu amigo" ou perguntar "tu és meu/minha amigo(a)?". A importância de partilhar o mesmo espaço, de sentir a outra pessoa realmente presente e olhar essa pessoa nos olhos (porque os olhos são a janela da alma) está a cair em perigoso desuso. E por isso, apesar de parecermos todos estar acompanhados, estamos na verdade cada vez mais sós. Aquelas campanhas via email e outros suportes do tipo "ponha o seu nome na lista, ajude as criancinhas em África" não são mais dos que gestos inúteis e vazios que algumas pessoas persistem em imitar e que apenas servem para que pensem "hoje fiz algo bom" quando na realidade se limitaram a perder tempo precioso.
ACORDEM!!!! Larguem o messenger, caguem nos emails da treta, saiam de casa, agarrem-se, beijem-se, falem, olhem-se nos olhos, amem-se e, sobretudo, não desperdicem o vosso precioso tempo num mundo virtual que, no íntimo, sabem ser uma irrealidade...


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Led Zeppelin, o número quatro

Provavelmente, na opinião de muitos, a melhor banda de rock'n'roll de sempre. A meu ver, seguramente.
A voz de Robert Plant é inconfundível, chegando mesmo a arrepiar pela forma como o som parece propagar-se até ao infinito. Juntamente com a, também ela, genial guitarra de Jimmy Page formaram o duo com mais química da história da música. Assombrosa a forma como se combinam e parecem estabelecer algum tipo de "ritual de encatamento" mútuo.


Os Led Zeppelin foram uma banda britânica de rock, formada em setembro de 1968, por Jimmy Page (guitarra), John Bonham (bateria e percussão), John Paul Jones (baixo e teclado) e Robert Plant (vocalista e gaita). O grupo foi um dos mais populares na década de 1970 e da história do rock. Célebre pela sua inovação e por ser um dos criadores do heavy metal e hard rock, a banda também incorporou igualmente elementos rockabilly, reggae, soul, funk, jazz, blues, entre outros.
Os seus álbuns venderam mais de 300 milhões cópias em todo o mundo. Foram também os únicos a colocar todos os seus álbuns no Top 10 da Billboard.
Desde a morte do baterista John Bonham, em 1980, que colocou fim da banda, os Led Zeppelin reuniram-se em ocasiões especiais. A primeira delas foi em 1985 quando participaram do concerto Live Aid - com Phil Collins e Tony Thompson (Chic) na bateria. Três anos depois, com Jason Bonham (o filho do falecido John Bonham) na bateria, tocaram no aniversário de 40 anos da editora discográfica Atlantic. A 10 de dezembro de 2007, os três membros originais e Jason Bonham reuniram-se para um tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic (falecido em 2006), na O2 Arena, em Londres.


O quarto álbum sem título da banda rock britânica Led Zeppelin foi lançado a 8 de Novembro de 1971. Não possui qualquer título oficial mencionado na capa e é habitualmente designado como Led Zeppelin IV, no seguimento dos três anteriores registos da banda. Os catálogos da Atlantic Records costumam referir Four Symbols (Quatro Símbolos) e The Fourth Album (O Quarto Álbum). O guitarrista dos Led Zeppelin, Jimmy Page, frequentemente refere-se ao álbum como Led Zeppelin IV, enquanto que o vocalista Robert Plant designa-o de "o quarto álbum, nada mais".
É um dos álbuns mais vendidos da história, com mais de 23 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos. As vendas a nível mundial estimam-se em cerca de 40 milhões de cópias.

Um destaque especial e natural para o tema Stairway to Heaven. Mas todos os outros temas são igualmente excelentes.

Aqui fica o link para recordarem esta obra de arte contemporânea:




Alinhamento original das músicas:

Lado A:

Black Dog" (Page/Plant/Jones) – 4:57
"Rock and Roll" (Page/Plant/Jones/Bonham) – 3:40
"The Battle Of Evermore" (Page/Plant) – 5:52
"Stairway to Heaven" (Page/Plant) – 8:03

Lado B:

"Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) – 4:38
"Four Sticks" (Page/Plant) – 4:45
"Going To California" (Page/Plant) – 3:31
"When The Levee Breaks" (Page/Plant/Jones/Bonham/Memphis Minnie) – 7:08

sábado, 24 de outubro de 2009

Energia infinita. Será isso possível?

O Sol é uma gigantesca central nuclear. No entanto, ao contrário das centrais nucleares construidas pelo ser humano, que utilizam a fissão (separação) de núcleos atómicos para obter energia, o Sol utiliza a fusão nuclear.
Embora a física nuclear possa parecer algo de intimidatório de início, os princípios básicos que lhe estão subjacentes são relativamente simples. Senão vejamos:
A fissão nuclear, tal como é utilizada nos reactores das centrais nucleares para produção de energia ou para fazer explodir uma bomba atómica, consiste na colisão de partículas atómicas (neutrões) com átomos radioactivos de Urânio 235. Em determinadas condições, ocorre uma reacção em cadeia que liberta uma enorme quantidade de energia num curtíssimo espaço de tempo. Os efeitos são bem conhecidos por todos. Nagasaki, Hiroshima pela negativa e a produção de energia em larga escala em centrais nucleares para alimentar de uma forma eficiente as cidades em crescimento.


(Fissão nuclear)


Na fusão nuclear ocorre o oposto. Os átomos colidem, fundindo os seus núcleos e dando origem a um elemento químico diferente dos originais. É isto que acontece no Sol, onde átomos de hidrogénio colidem para formar hélio, libertando a energia que recebemos na Terra. O hidrogénio é, assim, o combustível do Sol. Por segundo são queimadas no Sol 4,000,000,000 (quatro mil milhões) de toneladas de hidrogénio!!!


(Fusão nuclear)


A fusão nuclear apresenta várias enormes vantagens relativamente à fissão:
1. O combustível da fissão nuclear é o Urânio 235. É um material radioactivo relativamente raro e que, para ser eficiente em termos de produção de energia, deve ser submetido a processos de enriquecimento em instalações próprias. Por oposição, o combustível da fusão é o hidrogénio. É o elemento químico mais abundante no Universo, estando disponível na Terra em grande quantidade incorporado na água (H2O). A sua disponibilidade é virtualmente infinita. Um reactor de fusão nuclear alimentado a água poderia funcionar durante milhões de anos;
2. A fissão nuclear gera resíduos e detritos de natureza radioactiva, difíceis de eliminar e armazenar em segurança. A fusão nuclear não produz quaisquer resíduos radioactivos ou perigosos ambientalmente. O resultado desta reacção nuclear é pura e simplesmente o hélio que encontramos nos balões da feira;
3. O facto de utilizar material radioactivo como combustível é um risco acrescido, havendo a possibilidade de contaminação ambiental ou de um acidente eventualmente mais grave (quem não se lembra da explosão na central nuclear de Chernobyl na Ucrânia?). No caso da fusão tal risco seria pura e simplesmente inexistente.

Por tudo isto o homem tem procurado obter energia limpa e barata por meio da fusão nuclear. No entanto, como tudo, há desvantagens e problemas a resolver. A fusão nuclear ocorre no Sol e noutras estrelas porque aí as condições de pressão e temperatura (energia) são suficientes para levar os átomos, que naturalmente não se aproximariam, a colidir e a libertar energia. Assim, teoricamente, seria necessário reproduzir na Terra as condições que existem no Sol. O que, como é óbvio e fácil de entender, não é fácil. Existem vários reactores nucleares em funcionamento mas o seu rendimento é negativo, ou seja, a energia necessária para manter o reactor em funcionamento é maior do que a que é produzida.
Na década de 80 Martin Fleischman, Stanley Pons e a sua equipa de cientistas da Universidade de Utah (EUA) afirmaram ter conseguido concretizar o processo de fusão nuclear à temperatura ambiente, o que era visto como totalmente impossível. Fleischman e Pons tornaram-se figuras públicas da noite para o dia, publicaram diversos artigos científicos e muito se escreveu na imprensa sobre o assunto. No entanto, quando cientistas de todo o mundo tentaram repetir a experiência e os seus resultados, nada obtiveram. Fleischman e os seus associados foram desacreditados admitindo posteriormente ter cometido erros experimentais e falsificado, inclusive, alguns resultados. Aquele que é um dos mais ambicionados objectivos científicos, a obtenção de energia praticamente infinita e de forma limpa e barata, parecia mais longe.

No início do século XXI, Rusi Taleyarkhan, na altura a trabalhar no laboratório de Oak Ridge (o mesmo onde foram desenvolvidas as primeiras bombas atómicas), afirmou conseguir obter fusão nuclear a partir de energia sonora. As suas experiências baseavam-se no fenómeno já conhecido e denominado sono-luminescência. Esta consiste em obter luz a partir do som. De facto, sob certas condições, uma bolha de um líquido (pode ser água), bombardeada com ondas sonoras pode, devido à agitação induzida nas partículas, produzir luz. Incrível, não é?
O documentário abaixo, produzido pela BBC (o que é, desde logo, garantia de qualidade) descreve o trabalho e as descobertas de Taleyarkhan, bem como todas as críticas de que, obviamente, foi alvo. A duração do filme é de cerca de 48 minutos. Mas vale a pena.




Taleyarkhan terá ou não sido bem sucedido? Um princípio básico da ciência é a possibilidade de replicação de resultados por outros investigadores o que, aparentemente, não foi conseguido. Terá sido mesmo assim? A verdade é que a competição pela descoberta da energia barata e "infinita" é enorme. Um tal sucesso seria quase como descobrir a cura para o cancro. Milhões de pessoas em todo o mundo seriam beneficiadas, com as condições de vida a nível global a melhorarem de forma significativa. Mas a energia é dinheiro, muito dinheiro. O petróleo, a principal fonte energética, é igualmente fonte de muita riqueza. E provavelmente não chegou ainda a hora em que poderemos alterar este estado de coisas. Interesses muito poderosos, geridos por poucos, sobrepõem-se ao desejo de bem estar e dignidade de muitos. É triste. Mas é a verdade...

laH SoH jatlh tlhIngan?

Lembram-se da série Star Trek? Não os sucedâneos (Star Trek New Generation e tretas do género). Falo do verdadeiro Star Trek, com o Capitão Kirk (William Shatner), Spock (Leonard Nimoy), Dr. "Bones" McCoy (DeForest Kelley), o engenheiro de máquinas Scotty (James Doohan) e muitos outros.




Tal como em outras séries da época os efeitos especiais seriam hoje quase ou mesmo completamente ridículos. Mas, de novo, o argumento dos episódios (uns mais inspirados que outros) e especialmente o carisma dos personagens suplanta ainda hoje essa e outras limitações técnicas inerentes à época. Não gosto de parecer saudosista (ahnnnnnnnnnnnnn....) mas hoje não há um equivalente a este nível. Pelo menos que eu conheça. Algumas séries de Ficção Científica tiveram impacto e successo em todo o mundo (X-Files, por exemplo) mas parece que soa tudo, por vezes, um pouco forçado. Mesmo filmes como a Guerra das Estrelas. Comparemos a nova sequência de filmes com a primeira. Parece-me que não têm nada a ver. A primeira série, composta pela trilogia Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Regresso de Jedi, é imensamente superior à trilogia mais recente. E esta minha opinião está fundada na legião de fans que, ainda hoje, presta "vassalagem" aos seus ídolos, alguns deles já inclusive falecidos. Fanáticos de Star Trek (e não só) realizam anualmente nos EUA (onde havia de ser) encontros e conferências baseadas exclusivamente na série e nas suas temáticas.
Bons tempos. Fica aqui o link para a página oficial de Star Trek. Mas muitas outras poderão encontrar sem grande esforço.


Já agora, o título está escrito em Klingon (aqueles que tinham uns altos na testa, usavam barba e davam tiros em tudo o que mexia). Se quiserem saber o que significa é copiar e fazer a tradução. Basta ir a este tradutor inglês-klingon. Permite também traduções para Vulcano e Romulan, algumas das raças que surgiram em Star Trek.

Beam me up, Scotty !!!

Star trek,beam me up






terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mel Gibson - Edge of Darkness

Mel Gibson regressa em 2010 após 7 anos afastado de participações cinematográficas. Com estreia agendada para Janeiro de 2010 nos Estados Unidos, o filme, realizado por Martin Campbell (o mesmo de 007-Casino Royale e A máscara de Zorro, por exemplo), conta a história de um detective veterano do departamento de homicídios, Thomas Craven,  que testemunha o assassinato da sua filha (Emma Craven, interpretada por Bojana Novakovic). Durante a investigação, acaba por descobrir que ela estaria envolvida numa conspiração entre o governo e o mundo corporativo.
Edge of Darkness é inspirado numa mini-série exibida na televisão pela BBC nos anos 80.
O fgilme promete. Vejam aqui o trailer.

domingo, 18 de outubro de 2009

Imagens aéreas do 11 de Setembro

As imagens aéreas contidas nesta apresentação Powerpoint foram tiradas a partir de um avião militar que fazia o reconhecimento do local. Foram recentemente desclassificadas como informação secreta. Fotografias incríveis, assustadoras, para que nunca esqueçamos (mesmo) esse fatídico dia. As fotos do desabamento das torres e as nuvens de detritos geradas são arrebatadoras. Absolutamente ínacreditável como  tal coisa pôde algum dia acontecer...


O ficheiro está alojado no Scribd. É necessário um registo completamente gratuito para fazer o Download. Aconselho vivamente o registo neste serviço pois é fonte de documentos interessantes das mais diversas áreas (literatura, documentos científicos, etc). Muito útil.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem é David Robert Haywood-Jones?

David Robert Haywood-Jones é conhecido pela maioria das pessoas como David Bowie. Reza a lenda que David terá alterado o seu nome artístico para evitar confusões com o seu homónimo do grupo The Monkees (na altura em destaque na cena musical) em referência ao nome da fabricante da faca que se supõe ter provocado a cegueira do seu olho esquerdo, ainda na adolescência, numa briga com um colega de escola.
David Bowie nasceu em Brixton, Londres a 8 de janeiro de 1947. É conhecido pelo seu trabalho musical nos anos 70, 80 e 90 e pela sua influência no mundo da música, especificamente no rock. David Bowie já vendeu mais de 136 milhões de álbuns no mundo inteiro. Participou ainda em alguns filmes com destaque para Merry Christmas Mr. Lawrence (1983), realizado por Nagisa Ôshima, em que é relatada a permanência de um militar britânico num campo de prisioneiros japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

Bowie é conhecido pela sua extravagância e capacidade de metamorfose - é conhecido como o camaleão do rock'n'roll -  tendo passado por diversas fases na sua carreira em que alterava a sua imagem e atitude, assumindo diferentes estilos e personagens, das quais se destaca Ziggy Stardust. Este teve o seu apogeu no álbum conceptual The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972). Este conta a história de um extra-terrestre, estrela de rock alienígena, que aterra num planeta condenado à destruição . Bowie encarnou totalmente a personagem, ao ponto de dar entrevistas na pele do próprio Ziggy Stardust.

(David Bowie/Ziggy Stardust)

A fase Ziggy durou até 1973, mais precisamente até ao álbum Aladdin Sane, lançado em Abril desse ano. A capa desse álbum, com um Bowie em tronco nú e o cabelo vermelho com um raio azul, vermelho e preto desenhado na face é frequentemente descrita como uma das mais emblemáticas da história do rock.
É este o álbum que hoje aqui deixo. Um histórico do rock ao seu melhor nível. Desfrutem!!!

Há explicação para tudo

O último desta sequência de video posts.

Vejam este vídeo. Pode dar jeito e servir como fonte de inspiração em caso de necessidade ;)

O Padrinho

Um pouco de humor é essencial. Rir é saudável, liberta endorfinas, funcionando como um antidepressivo natural e exercita os músculos faciais.

Política de verdade ou política de... luxo?

Uns são rosa, outros laranja, outros azuis ou vermelhos. A cor pode mudar mas o cheiro mantém-se.
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Forest of Shadows

Forest of Shadows, uma banda sueca mas que é na verdade um one man show. Niclas Frohagen toca todos os instrumentos e faz as vocalizações. Forest of Shadows iniciou a sua actividade em 1997 na capital da Suécia, Estocolmo. O som que produzem é um doom metal ambiental/rock progressivo  de grande qualidade (não sei, deve ser o clima cinzento que provoca o surgimento como cogumelos de bandas doom lá para aqueles lados). Ideal para se ouvir numa tarde cinzenta de Outono, com a chuva a bater nos vidros das janelas. Fica o álbum mais recente, Six Waves of Woe (2008), para apreciação. Sinceramente, apesar da classificação, quanto ao género musical em que esta banda se insere, é algo que agradará seguramente a qualquer pessoa apreciadora de boa música.


Para visitarem a página oficial e ficarem a conhecer melhor o fantástico Niclas Frohagen basta clicar na imagem abaixo.

Ultima Thule

Nos anos 70 passou na televisão uma série de ficção científica com o nome Space 1999 (Espaço 1999). Narrava as aventuras e desventuras de um grupo de mais ou menos 300 seres humanos a vaguear pelo espaço transportados pela Lua que havia sido arrancada da órbita terrestre  devido a uma enorme explosão nuclear ocorrida na superfície da Lua e que, funcionando como um enorme foguete propulsor, impulsiona o satélite natural da Terra para o espaço. Sob o comando do mítico comandante John Koenig (Martin Landau), gozando dos zelosos cuidados médico da Dra. Helena Russel (Barbara Bain), na companhia do carismático Victor Bergman (Barry Morse) e impossibilitados de serem salvos a partir da Terra empreendem uma fantástica viagem pelo Universo, com verdadeiros saltos quânticos por entre buracos negros e outras singularidades do Universo.



Os efeitos especiais serão hoje considerados quase incipientes (nada de efeitos digitais processados num qualquer computador). Mas uma boa trama e a envolvência criada em redor dos personagens transformou o Espaço 1999 numa série de culto.
Num dos episódios os habitantes da base lunar Alfa são atraídos para um planeta gelado e estéril, Ultima Thule. Aí encontram um outro grupo de humanos, náufragos de uma expedição espacial perdida há muito, e que vivem eternamente. Mas a imortalidade tem um custo: os habitantes de Ultima Thule tornaram-se inférteis, sendo absolutamente incapazes de se reproduzirem. E caso tentem abandonar o planeta gelado morrem devido a um processo de envelhecimento instantâneo. Estão assim presos, divididos entre a morte ou uma vida eterna num planeta praticamente morto. De certa forma é aquilo que poderá acontecer ao ser humano no futuro. A sede de consumo dos recursos da terra, com vista a aitingir uma "imortalidade tecnológica e civilizacional", levará à esterilidade do planeta e, por consequência à esterilidade da raça humana. Impelidos a abandonar a "casa em chamas", dificilmente conseguiremos alcançar um porto de abrigo em tempo útil, perecendo de velhice no caminho. Não será melhor cuidarmos da casa que nos acolhe? Quando será que os seres humanos que podem decidir compreendem que o bem mais importante que possuímos é o nosso planeta e que cada passo dado na direcção da sua destruição é um passo para a destruição e que nem toda a riqueza, cartões de crédito, armas e bens que consideramos de elevado valor servirão para o que quer que seja. E nessa altura poderá ser demasiado tarde.


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vamos ao vídeo clube?

Um blog MUITO interessante. Vale a pena dar uma espreitadela ;)

http://alllfilms.blogspot.com/

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tristeza

A vida é, na generalidade, de uma banalidade e de uma tristeza crueis. De quando em vez salpicada por uns pingos de felicidade que quebram a monotonia. Mas manifestamente insuficiente. E quando o que fazemos se manifesta de forma crescentemente negativa num cenário por si só já pouco animador, aí é que a situação se complica (ainda mais). E a quem culpar então?




Quando se tenta recuperar o que se pensa poder recuperar e, por mais que se tente, nada parece acontecer e nos vemos de mãos e pés amarrados perante aquilo a que chamamos vida, caímos em nós e perdemos as ilusões de que tudo isto possa ser algo mais que tristeza e amargura. É aí que vemos que "está tudo dito e feito".


domingo, 11 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

Carl Orff - Carmina Burana

Os carmina burana, do latim carmen,ìnis 'canto, cantiga' e bura(m), em latim vulgar 'pano grosseiro de lã', geralmente escura. Designa igualmente o hábito de frade ou freira feito com esse tecido, são textos poéticos contidos num importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern - a antiga Bura Sancti Benedicti, fundada por volta de 740 DC por São Bonifácio, nas proximidades de Bad Tölz, na Alta Baviera. O códex compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Actualmente o manuscrito encontra-se na Biblioteca Nacional de Munique.


O compositor alemão Carl Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata homónima. Com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", a obra, por suas características, pode ser definida também como uma "cantata cénica". Estreou em Junho de 1937, em Frankfurt e faz parte da trilogia "Trionfi" que Orff compôs em diferentes períodos, e que compreende os "Catulli carmina" (1943) e o "Trionfo di Afrodite" (1952). A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.

Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (um soprano, um tenor e um barítono), dois coros (um dos quais de vozes brancas), pantomimos, bailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão).

A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos gregorianos que celebram as maravilhas do vinho e do amor (“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).

Carl Orff nasceu e faleceu em Munique (10 de Julho de 1895 — 29 de Março de 1982) foi um compositor alemão, um dos mais destacados do século XX, famoso sobretudo por sua cantata Carmina Burana.A sua maior contribuição, contudo, situa-se na área da pedagogia musical, com o Método Orff de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até a data do seu falecimento.

Carl Orff recusava-se a falar publicamente seu passado. É sabido no entanto que nasceu em Munique, oriundo de uma família da alta burguesia bávara, muito activa no meio militar alemão.

Orff estudou na Academia de Música de Munique até 1914. Serviu então nas forças armadas durante a Primeira Guerra Mundial. Posteriormente, actuou nas óperas de Mannheim e Darmstadt, regressando posteriormente depois a Munique, para continuar seus estudos musicais. Em 1925 foi co-fundador da Guenther School, para actividades físicas, músicas e dança em Munique, na qual trabalhou até ao fim da sua vida. Com base no constante contacto com crianças, desenvolveu suas teorias de educação musical neste período.

Embora a associação de Orff com o nazismo nunca tenha sido comprovada, Carmina Burana tornou-se muito popular na Alemanha nazista depois de sua apresentação na cidade de Frankfurt, em 1937. Orff era amigo de Kurt Huber, um dos fundadores do movimento de resistência Die Weiße Rose (em alemão, '"A rosa branca"), condenado à morte pelo Volksgerichtshof e executado pelos nazis em 1943. Após a Segunda Guerra Mundial, Orff alegou ter sido membro do grupo, tendo-se envolvido na resistência, mas não há provas conclusivas disso.

Orff foi enterrado na igreja barroca do Mosteiro de Andechs, no priorado de Andechs, sul de Munique.

O Fortuna foi incluido como parte da banda sonora do filme de 1981 Excalibur realizado por John Boorman, fazendo o enquadramento sonoro de uma cena épica em que surgem os cavaleiros do reino de Camelot (ver vídeo). A música encaixa de tal forma no filme que parece ter sido composta para este.



A cantata completa de Carl Orff aqui fica para desfrutarem. É só clicar sobre a imagem abaixo para fazer o download.
Bom fim de semana !!!


The Pax Cecilia

The Pax Cecilia é música. Difícil no entanto de explicar por palavras o trabalho destes americanos. É um Rock orgânico, com pedaços de Metal e hardcore, mas sobretudo é música de grande qualidade.
A informação sobre a banda é escassa. Mesmo no site/blog oficial a informação disponibilizada sobre a banda e o seus músicos, história e tudo o resto é basicamente nula. Posso dizer que é constituída por Greg Austin, Daniel James, John Feustel, Slade Leilock e Kent Fairman Wilson. Mas estes rapazes parecem fazer questão em esconder tudo o que vá para além do próprio nome, deixando a sua arte (e que arte) falar por eles.



Os temas deste álbum funcionam como um todo (todas as faixas começam pela palavra "The"), sendo pedaços de uma mesma história. Melodias introspectivas seguyidas de um rock progressivo e por secções de puro hardcore desenham um quadro que, no seu todo e só assim, parece fazer todo o sentido. Apesar da aparente tenra idade dos seus membros (visivel nos videos que circulam no YouTube) The Pax Cecília produzem um trabalho de grande maturidade. Eu poderia definir a música deles como um Rock Orgânico, tal a sensação de estarmos perante um organismo musical com vida própria.

O álbum está disponível para download gratuito na página da banda:


Chegaram a fazer envio do CD físico para quem o solicitasse, de forma igualmente gratuita. Não sei se estão interessados em assinar algum tipo de contrato com alguma editora. Para já não parecem muito inclinados para isso. E a verdade é que num futuro próximo a facilidade de acesso e partilha de informação via web irá promover a selecção dos que sobrevivem e, no caso da música e não só, a sobrevivência será ditada pela qualidade.

Lista de faixas:

1. the Tragedy

2. the Tomb Song

3. the Progress

4. the Machine

5. the Wasteland

6. the Water Song

7. the Tree

8. the Hymn

O video abaixo deixa uma amostra do que é este The Pax Cecilia.  Estou certo que depois de ouvirem  não deixarão de fazer o download do álbum. Se o fizerem, acreditem, não se vão arrepender.

O que é o tempo?

Muitas questões se colocam quanto à natureza do tempo. O que é o tempo? O que "causa" o tempo? De que forma o tempo e a força da gravidade interactuam? O tempo é a quarta dimensão? Aristóteles pode ter estado próximo da verdade quando especulou que o tempo pode ser movimento. Acrescentou, no entanto, que o tempo, ao contrário do movimento, não podia ser retardado ou acelerado (e que jeitaço que isso daria por vezes...). Aristóteles desconhecia ainda a Relatividade de Einstein, segundo a qual o tempo não é, na verdade, imutável. E treze anos depois da publicação da Teoria da Relatividade, Edwin Hubble descobriu que o Universo está em expansão. E isso, novamente, alterou o conceito do tempo. Basicamente este efeito de expansão altera o espaço e o tempo. Mais uma vez, tempo é movimento. Na realidade o tempo que temos hoje não é o mesmo que existia há (muitos) milhões de anos e não será o mesmo no futuro longínquo. Teoricamente, se a expansão do Universo acelerar o contrário acontecerá com o tempo. Como nos vamos aperceber disso... ninguém sabe ao certo.



Diversas teorias e observações parecem confirmar a desaceleração do tempo. E isso estará a fazer com que os cientistas pensem que o universo acelera. Mas não será ao contrário? Se de facto assim é, se o tempo está a descelerar, chegerá algum dia a parar? E que acontece então? Iremos viver para sempre? Uma coisa é absolutamente certa: se o tempo parar será o crash absoluto no sector da indústria relojoeira. Rolex, Omega e outros, passarão a ser objectos tão úteis com um jet ski em pleno deserto do Sahara. Mas a passagem do tempo deve continuar. Senão qual era a piada? Não iríamos comemorar nada, aniversários, feriados. Não teríamos o prazer de aprender com o dia-a-dia. Impossibilitaria todos de experimentar o suceder dos anos e os prazeres e as tristezas de cada idade. Seria sempre o mesmo dia... Para além disso, dado que tempo e movimento estão associados provavelmente passaríamos a vida parados a olhar para nada, uma vez que nada acontecia verdadeiramente. Ainda bem que quando e se tal acontecer eu já não vou estar por aqui. Pois o tempo continua ainda a passar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Landslide

Smashing Pumpkins no seu melhor. O tema é uma versão de um original dos Fleetwood Mac e foi incorporado no álbum "Pisces Iscariot" de 1994. Musicalmente perfeito, a letra, não sendo um original da banda, parece ter sido criada por/para ela (a banda....), tal a forma como tudo encaixa e a carga emocional que a voz de Billy Corgan transporta. Vale a pena ver, ouvir ... e ler. Aqui fica a letra e o video.

Landslide

I took my love, I took it down


I climbed a mountain and I turned around


And I saw my reflection in the snow covered hills


til the landslide brought it down






Oh, mirror in the sky, what is love?


Can the child within my heart rise above?


Can I sail through the changing ocean tides?


Can I handle the seasons of my life?






Well, I’ve been afraid of changing cause I’ve


Built my life around you


But time makes you bolder


Even children get older


And I’m getting older, too






Well, I’ve been afraid of changing cause I’ve


Built my life around you


Time makes you bolder


Even children get older


And I’m getting older, too


I get older, too






I took my love and took it down


I climbed a mountain, I turned around


And if you see my reflection in the snow covered hills


The landslide brought it down


The landslide brought it down




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