Deixo um pouco de música para embalar o fim de semana prolongado. E boa música, grande música. Nada mais nada menos que o enorme Leonard Cohen. O canadiano, poeta, romancista e músico, nasceu em Montreal a 21 de Setembro de 1934 e escreveu alguns dos textos mais profundos que já tive o privilégio de ler. O ambiente em que se move é o do homem consumido pela sua grande paixão pela mulher, encarando-a como algo inacessível na sua verdadeira essência. A morte do pai quando tinha apenas 9 anos afectou-o decisivamente, contribuindo para uma depressão que o acompanhou a maior parte da sua vida. A "dependência" acrescida relativamente à figura materna, devido à precoce morte do pai, seria seguramente apontada por algum analistas da psique humana como a origem da sua atitude face à mulher.
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O álbum que aqui deixo tem o título Various Positions e é de 1985. Recordo-me que na altura, com 15 anos apenas, detestava Cohen e as músicas deste álbum (com destaque para Dance Me To The End Of Love). Tudo me parecia demasiado lúgubre, sem chama, sem alegria. E isso para mim, com os meus 15 anos, era intolerável. Hoje sei a razão pela qual não gostava de Leonard Cohen. Embora continue a considerar a sua música como algo um tanto ou quanto deprimido (não necessariamente deprimente, mas por vezes...) consigo agora "ler nas entrelinhas" e vislumbrar um pouco da incrível mensagem. Frequentemente acontece as pessoas não gostarem de uma coisa apenas porque não conseguem compreendê-la. E isso é, acreditem, é um erro crasso.
Por isso, aqui fica. Apreciem.
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